quarta-feira, 22 de junho de 2016

Portfólio - Geografia



INTRODUÇÃO

Este trabalho destina-se o desenvolvimento de atividades para o 3º ano do Ensino Fundamental I.Os procedimentos didáticos devem ser considerados em ­­­­­conexão com os conteúdos e os modos de aprendizagem dos alunos, considerando a história de cada aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na escola, observando seus trabalhos e seus registros.

AVALIAÇÃO

Entendemos que a palavra avaliar para os alunos remete a um momento de tensão pois para muitos é um momento para a realização de provas e testes, porem os professores devem entender que é um processo natural e continuo que ajuda a identificar problemas de metodologias adotadas bem como saber se os alunos estão assimilando o conteúdo. A avaliação deve ser encarada como uma ferramenta para alcançar o objetivo principal no processo de ensino-aprendizagem.
Para evitar esta prática, devem-se seguir os seguintes princípios:
- Traçar e seguir objetivos claros do que deve ser avaliado. Para se avaliar de forma eficiente, é necessário definir o que será avaliado (aprendizagem, produção textual, comportamento, participação, etc.), como será realizado, e quanto se avaliará.
- Com base nos objetivos propostos, o professor deve desenvolver formas condizentes de avaliação. Um estudo criterioso da forma que será efetuada a avaliação será necessário para o sucesso do processo;
- Faz-se necessário que o docente diversifique os métodos de avaliação. Desta forma, é possível avaliar o aluno de diversos enfoques e suas diversas habilidades. A prática educativa mostra que nem sempre o aluno que tem facilidade em comunicar-se oralmente, consegue textos coerentes e claros, e vice-versa. Nem todo aluno que se dedica, consegue alcançar as metas do trabalho ou ter um bom aprendizado. O aluno com maior facilidade em assimilar os assuntos e as explicações, nem sempre sabe trabalhar em equipe. Em alguns casos, os alunos mais agitados são mais respeitosos e tem mais interesse pela aula do que os alunos mais quietos; apesar do contrário também proceder.
- No processo de avaliação, o professor deve utilizar métodos que sirvam para avaliar os aspectos quantitativos do desempenho dos alunos, assim como usar técnicas que sirvam para avaliar qualitativamente as respostas dos alunos. É necessário que o docente esteja consciente que os métodos de avaliação possuem limitações, que são várias as margens de erro encontradas nos instrumentos de avaliação (provas, testes, etc.) como também no próprio processo (modos como os instrumentos são usados). Questões mal elaboradas, com dupla interpretação ou incoerentes, e até mesmo o tipo de questão, causam erros graves na avaliação de um aluno. É comum encontrar casos em que o aluno compreendeu o assunto, mas na prova não atingiu uma nota equivalente ao seu aprendizado.
Contudo, a principal fonte de erro, é a interpretação inadequada dos resultados. Os instrumentos de avaliação normalmente utilizados, não refletem fielmente o nível de aprendizado do aluno sobre um determinado assunto.

Essa avaliação abordará o que os alunos aprenderam até o momento, usando conhecimentos pertinentes ao cotidiano sempre levando em conta os questionamentos que surgirem, está voltada para a disciplina de Geografia para o 3ºano do Fundamental I.

Objetivos do PCN
conhecer a organização do espaço geográfico e o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de modo a compreender o papel das sociedades em sua construção e na produção do território, da paisagem e do lugar;
• identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas consequências em diferentes espaços e tempos, de modo a construir referenciais que possibilitem uma participação propositiva e reativa nas questões socioambientais locais;
• compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos estudados em suas dinâmicas e interações;
• compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os avanços técnicos e tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas decorrentes de conflitos e acordos, que
ainda não são usufruídas por todos os seres humanos e, dentro de suas possibilidades, empenhar-se em democratizá-las;
• conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para
compreender o espaço, a paisagem, o território e o lugar, seus processos de construção, identificando suas relações, problemas e contradições;
• fazer leituras de imagens, de dados e de documentos de diferentes fontes
de informação, de modo a interpretar, analisar e relacionar informações obre o espaço geográfico e as diferentes paisagens;
• saber utilizar a linguagem cartográfica para obter informações e representar a espacialidade dos fenômenos geográficos;
• valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a sociodiversidade reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e um elemento de fortalecimento da democracia.
3ºano- Ensino Fundamental
Duração: 1 Bimestre = 8 aulas (sendo 1 por semana)

Objetivo Geral: Facilitar a construção de uma noção e conhecimento geográfico e histórico, apresentando a cultura do bairro, cidade, estado e até mesmo país suas tradições e histórias que agregaram valores na formação de cada um deles, formando também um cidadão critico que se interesse pela pesquisa em áreas geográficas e históricas e que valorize cada cultura.

Objetivo especifico: Trabalhar a competência de percepção das escalas geográficas dos fenômenos que se expressam na paisagem local, mas que possuem outra abrangência.

AULAS
Aula 1
Tema:A existência de diversos bairros
Duração: 45 minutos
Aula: Elaborar uma roda de conversa para que as crianças expressem conhecimentos prévios sobre o bairro onde estudam e moram. No decorrer da aula apresentar o bairro da escola, a origem do seu nome e citar que nesse local existiu importantes pessoas e acontecimentos. Entregaremos folhas com figuras diversas e pediremos para que cada aluno reconheça o que pertence ao seu bairro.

Objetivo:Identificar características do local em que moram.

(Segue em anexo)

Aula 2
Tema :Mudanças na paisagem e local
Duração : 45 minutos
Descrição: Apresentar para os alunos imagens diversas sobre o bairro e pedindo para que façam uma análise comparativa do antigo para o atual. Cada um receberá argila para modelar o seu bairro. A proposta será modelar algo que tenha aparecido na foto do bairro atual, podendo ser: escola; ônibus; casas, entre outros. Logo em seguida entregaremos uma folha em branco para que os alunos desenham e escrevam o que gostariam de ver em seu bairro.

Objetivo : Identificar as características do local em que se vive; reconhecer o bairro onde mora; compreender os elementos que compõe um bairro bem como seu significado.
(segue anexo)

Aula 3
Duração : 45 minutos

Descrição :Vamos propor que cada aluno monte um diário , contendo informações sobre o bairro , pedir para que os alunos pesquisem em casa sobre a origem de sua família e porque escolheram aquele bairro para estudar ou morar , há quanto tempo moram na região e anotar toda informação recebida.

Objetivo : Estimular curiosidades que levem os alunos a fazerem pesquisas e entenderem o motivo de certas escolhas.



Aula 4
Tema: explorando a região
Duração : 45 minutos
Descrição: Visita de campo. Leva-los ao parque aclimação e apresentar informações de que ali no local eram realizadas pesquisas cientificas, os alunos podem recolher e levar alguns tipos de planta para colocar no diário. Em seguida em sala pedir para que contem em uma roda de conversa o que observaram durante a visita
Objetivo: Trabalhar a área da percepção sobre diferentes espaços geográficos .

Aula 5
Tema: As variedades de informações do bairro
Duração: 45 minutos
Descrição : Propor uma atividade de artes , pedindo para os alunos desenharem o bairro no papel pardo. Reunir todas as informações e auxiliar os alunos na montagem desse diário. No diário deve conter o histórico do bairro , pesquisas realizadas com a família, imagens coletados da internet , desenhos e alguns matérias recolhidos na visita ao parque. Para a avaliação realizaremos uma roda de conversa entre os alunos , pedir para que eles troquem os diários e comentem o que encontraram de diferente no diário do colega. Será feita uma avaliação diagnostica através da observação. Por fim  compartilharemos o conhecimento por expor o diário na escola e deixar uma folha em branco do diário para que todos que quiserem anotar ou acrescentar alguma informação possa fazer isso.
Objetivo : Desenvolver habilidades de organização e criatividade.

Aula 6
Tema: Trabalhando a leitura
Duração : 45 minutos

Descrição : Iremos trabalhar a leitura em roda , vamos ao pátio, e sentaremos em roda, cada criança irá ler uma parte do livro, e após a leitura distribuiremos alguns objetos para que a criança associe e atribua um significado a história lida.

Objetivo: Desenvolver a  verbalização através do que foi proposto

Aula 7
Trabalhando o livro: Chapeuzinho vermelho (A verdadeira história)
Duração : 45 minutos

Aula: O livro traz algumas informações sobre que diferentes caminhos podem levar ao mesmo lugar, alguns mais rápidos que outros devido a distância e obstáculos no local. Aproveitaremos essa história para refletirmos sobre o perigo de escolher caminhos desconhecidos eque podem existir outras versões, que procuremos perceber o “outro lado” de uma história, a “outra face da moeda”…Entregaremos uma folha para que o aluno desenhe um mapa do percurso que faz de casa até a escola e pediremos para que relatem o que poderia acontecer caso mudassem a rota.
Objetivo: Estimular a observação referente aos diversos locais para se chegar a um destino e os pontos negativos e positivos de escolher determinados caminhos


Aula 8 e avaliação do livro
Duração : 45 minutos

Objetivo: Desenvolver através da avaliação a forma de associação que a criança obteve no decorrer das aulas.

De acordo com o livro que lemos,responda as questões :
1) Circule três personagens que fazem parte da história:
LOBO
GATO
CACHORRO
AVÓ
PAI
2) O que aconteceu com a avó de Chapeuzinho depois dela ter dado atenção ao lobo?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3) O que poderia ter evitado essa situação?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4) Complete:
Para chegarmos a determinado lugar com segurança, precisamos escolher o caminho mais _____________ (perto, longe, conhecido)
5). Desenhe os dois caminhos que chapeuzinho podia escolher.

6). Ao que e a quem podemos pedir ajuda para chegar em algum lugar. Marque com um X.
( ) Adultos
( ) Mapas
( ) Internet
( ) Estranhos na rua





ANEXOS ( aula 1,2)


                         




ANEXOS (QUESTÕES) 

01- Explique a diferença entre os conceitos de testar, medir e avaliar. Exemplifique.
R: Dentro do processo de ensino-aprendizagem existem diferentes termos utilizados no que se refere ao rendimento escolar do aluno. Entre eles estão o testar que deve ser utilizado de maneira limitada, pois os testes podem ser aplicados somente para verificar o desempenho do aluno. Cabe ao educador saber aplicar de maneira correta os testes, sabendo que nem todos os resultados do ensino podem ser avaliados somente através de testes.
O termo medir é utilizado para determinar a quantidade, a extensão ou até mesmo o grau de alguma coisa, tendo por base um sistema de unidades e devido a sua objetividade e praticidade se torna um dos recursos mais utilizados na educação, porém não pode ser o único.
Já o termo avaliar passou a ser o mais utilizado na educação por abranger vários aspectos importantes sobre a aprendizagem do aluno que trabalhados de maneira correta podem ajudar na identificação de possíveis dificuldades que o aluno possa ter. A avaliação por ter um sentido amplo pode trabalhar utilizando os testes e o medir para compor o processo interpretativo que o termo possui, trabalhando corretamente cada aluno.
2- Relacione e explique com suas palavras os princípios básicos que devem nortear a avaliação do processo ensino-aprendizagem.
R: O princípio básico para uma aprendizagem significativa requer certos cuidados. Avaliar o aluno é de extrema importância desde que exista um planejamento e que nele seja estabelecido uma avaliação contínua, podendo sofrer alterações de acordo com as necessidades que possam surgir. A avaliação deve ser utilizada em benefício do aluno, servindo para orientá-lo através de um olhar atento as necessidades de cada aluno.
3- Elabore a partir dos conceitos utilizados a sua definição de avaliação do processo ensino aprendizagem.
R: A avaliação no processo ensino aprendizagem não deve ser feita com a intenção de promover o aluno de uma série para a outra. Deve-se levar em consideração toda a bagagem de conhecimentos que o aluno já possui para que ele consiga através de orientações se desenvolver ao longo do período acadêmico. É de extrema importância que o professor tenha um olhar investigativo e atento para com seus alunos para que através
do mesmo, ele possa identificar possíveis dificuldades que muitas vezes levam o aluno a perder o interesse, tornando a aprendizagem ainda mais difícil.
4- Identificar a estrutura de um portfólio voltado para a educação
A estrutura do portfólio trabalha diferentes áreas do conhecimento, o aluno junto com o professor seleciona o melhor trabalho e participa da avaliação; o portfólio deve reunir as atividades que o estudante considera relevantes, escolhidas depois de uma análise feita com a ajuda do professor. O critério de escolha, vale lembrar, não pode ser apenas o da excelência. O que importa, é selecionar trabalhos que demonstrem a trajetória da aprendizagem.

5- Quais as vantagens de se trabalhar por meio do portfólio?
Possibilidade do aluno refletir sobre seu próprio aprendizado e avaliá-lo com o professor. Explicação, pelo estudante, da natureza do trabalho realizado e que tipo de desenvolvimento esta tarefa possibilitou; fornecimento de feedback para os estudantes, pelo professor. Os professores melhoram sua habilidade de avaliar os alunos; É interessante que o portfólio contenha um diário reflexivo para o aluno registrar pensamentos, sentimentos, auto avaliação de crescimento ao longo de sua experiência naquela disciplina.

6- Por que e para que trabalhar com o portfólio?
Ajudar os estudantes a desenvolver a habilidade de avaliar seu próprio trabalho e desempenho, articulando-se com a trajetória do seu desenvolvimento profissional, além de oportunizar a documentação e registro de forma sistemática e reflexiva. Através dos portfólios, o professor instaura o diálogo com cada aluno de forma individualizada, pois os alunos devem sempre estar com seus portfólios documentando suas aprendizagens, sendo assim o aluno é estimulado a tomar decisões.

Características de um bom instrumento de medidas.
Validade: É definida como a exatidão com que um instrumento mede o que pretende medir.
Validade de conteúdo ou curricular: Refere-se ao grau de concordância entre o instrumento de medida e os objetivos e conteúdo do plano de ensino.
Validade de construto: Está presente basicamente nos testes psicológicos, pois refere-se à expressão em que um teste fornece informações sobre um determinado traço ou característica do indivíduo.
Validade concorrente: É a relação entre os resultados de um teste e os resultados obtidos simultaneamente através de outro critério de conduta que mede o mesmo desempenho.
Validade preditiva: É o grau de correção entre os resultados de uma testagem e de outras medidas do desempenho obtidas independentemente (critério), sendo correlacionado para fins de predição. O aspecto básico no estabelecimento da validade preditiva de um instrumento é o critério, porque esse tipo de validade é expresso em termos do coeficiente de correlação entre o status predito e critério.

Fidedignidade: Procura exprimir o resultado da forma mais exata possível, é determinada pela constância dos resultados (valor verdadeiro).


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:




Trabalho realizado pelas alunas :  
ALINE RODRIGUES
DAYANA OLIVEIRA
ELIANA CAMPOS
GISELE SILVA
GIOVANNA JORGE
ILA CAMPOS
NUBIA SOUSA
KIMBERLY SANTOS

domingo, 19 de junho de 2016

EJA - Educação de Jovens e Adultos



Artigo: O CONTEXTO LATINO-AMERICANO E AS FUNÇÕES DESEMPENHADAS PELA EPJA 

Autor: Maria Clara de Pierro

       No final do milênio, ouve uma redução dos índices de natalidade impulsionada pela mudança nos papéis desempenhados pelas mulheres na sociedade e na família, combinada à elevação da expectativa de vida, modificou o perfil de idade da população, com tendência ao predomínio dos adultos na população da maioria dos países da região. Esse novo perfil etário, combinado ao processo de redefinição da posição social das mulheres, tem importantes repercussões sobre a configuração das famílias, do mercado de trabalho e da demanda por serviços sociais como a saúde, educação e previdência social



  • Peru: escolaridade média dos jovens e adultos varia segundo o local de moradia (10 anos de estudos na zona urbana e 6,6 anos na zona rural), e a condição socioeconômica dos indivíduos (10 anos de estudos entre os não pobres, 8,4 anos entre os pobres e 6 anos entre os que se encontram em pobreza extrema).
  • El Salvador: a população urbana alcança 6,9 anos de estudos, enquanto na zona rural não supera 3,7 anos de escolaridade. 
  • Brasil: onde o analfabetismo varia de 22,4% na região Nordeste a 6,2% na região Sul, e o analfabetismo rural alcançam 26,2% enquanto o urbano é de 8,7%, o pertencimento étnico-racial é importante fator de desigualdade educativa: a taxa de analfabetismo entre os brancos é de 7,1%, elevando-se a 16% entre os afrodescendentes.
  • México: a proporção de indígenas na população se combina a desigualdades socioeconômicas de modo a produzir variações nas taxas de analfabetismo das entidades da Federação de níveis próximos a 20% em Chiapas, Guerrero e Oaxaca, e taxas em torno de 5% em Chihuahua e Jalisco.  
  • Equador: a taxa de analfabetismo entre os indígenas é de 28%, enquanto o índice médio nacional é 9%.
  • Colômbia: onde a taxa média de analfabetismo é de 7,9%, essa proporção se eleva a 13% entre os afro-colombianos e 17,7% entre os grupos indígenas.
A INFLUÊNCIA DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS NA DEFINIÇÃO DA AGENDA DA EPJA 

     No último quarto de século, as concepções e as políticas de EPJA dos países da América Latina e Caribe sofreram influência de numerosas iniciativas internacionais e regionais concorrentes ou pouco articuladas entre si. No período mais recente, o tema da alfabetização de adultos (que historicamente constituiu um campo de disputa de discursos político-pedagógico e representações simbólicas sobre as relações entre a educação e outros âmbitos da vida social) voltou a ocupar lugar destacado na pauta das agências internacionais de cooperação. 
      A declaração da Década das Nações Unidas para a Alfabetização (2003-2012) corroborou na proliferação de iniciativas internacionais, com destaque para LIFE 2005-2015 (Literacy Iniciative For Empowerment), lançada pela Divisão de Educação Básica da UNESCO com apoio da primeira dama norte-americana Laura Bush, que em sua primeira etapa compreende um país do Caribe13.
     Na região, onde se estima existam 39 milhões de analfabetos e 110 milhões de jovens e adultos com escolaridade reduzida e de má qualidade, encontra-se também em fase final de elaboração o Plano Ibero Americano de Alfabetização e Educação Básica de Adultos 2008-2015, coordenado pela Organização dos Estados Iberoamericanos (OEI). 
    As redes e organizações da sociedade civil engajadas em esforços de alfabetização e educação de jovens e adultos são igualmente reticentes com respeito a essas iniciativas. 
Em um estudo intitulado “Corrigir os erros”, ativistas em prol da educação criticam o reduzido investimento realizado na alfabetização de adultos e propõem um conjunto de diretrizes para conferir eficácia às políticas e práticas desse campo (Archer, 2006). 
   Esses atores críticos recomendam especial atenção à equidade de gênero e à diversidade cultural e linguística em processos integrais, contextualizados e flexíveis de alfabetização e educação básica que vinculem a aprendizagem e desenvolvimento da leitura, escrita e cálculo (compreendidos como processos continuados de inserção na cultura letrada) a outras dimensões da vida adulta em comunidade, como a subsistência econômica, a saúde e a participação cidadã.

AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDJA NA AMÉRICA LATINA E CARIBE: CONTINUIDADE E RUPTURAS

    As políticas públicas recentes de EPJA desenvolvidas na quase totalidade dos países da América Latina e Caribe se inscrevem no marco comum das demais políticas sociais desenvolvidas pelos governos da região em contexto de ajuste macroeconômico e reforma do papel do Estado sob orientação neoliberal, subordinando-se às diretrizes de restrição do gasto público, descentralização, focalização e privatização. 
     Nessa conjuntura, as reformas educativas por meio das quais os países da região procuraram afrontar, a partir de meados dos anos 90, os novos desafios da economia e cultura globalizados, priorizaram atenção e recursos na escolarização elementar de crianças e adolescentes, o que colocou a EPJA em uma posição marginal no discurso pedagógico e na agenda das políticas públicas, ocasionando perdas de hierarquia e especificidade.

                                    VIZINHOS DISTANTES: CUBA E HAITI 

    Dois pequenos países insulares localizados no Caribe - Cuba e Haiti – são exceções às tendências dominantes na configuração das políticas de EPJA na região e representam seus casos extremos. Enquanto Cuba praticamente extinguiu o analfabetismo e garantiu 9,5 anos de escolaridade média à população com idade superior a 15 anos, o Haiti – em que mais da metade da população vive em situação de pobreza extrema - apresenta uma taxa de analfabetismo juvenil e adulto em torno de 49% e o orçamento destinado à alfabetização mal cobre os salários dos funcionários responsáveis pela administração governamental do setor. 
     A persistente e bem sucedida política cubana de EPJA é impulsiona pelo governo central, mas entendida como elemento de uma sociedade educadora. Teve início há 45 anos com uma ampla campanha de alfabetização, seguida de sucessivos impulsos pela elevação da escolaridade da população até a conclusão dos nove anos de escolaridade básica. 
      Hoje, conta com mais de oito mil docentes formados e 3% do gasto público em educação para levar adiante uma gama diversa de programas de formação geral, profissional, aprendizagem de idiomas e ensino superior. 
     Dentre os programas recentes, destacam-se: a oferta de ensino médio flexível e subsídio financeiro a jovens de 17 a 29 anos que não concluíram estudos e se encontram sem trabalho; um programa de formação profissional destinado à “conversão” de cem mil trabalhadores desempregados pelo declínio da agroindústria canavieira; e uma cátedra universitária para idosos.
      Moldado por uma história de instabilidade política, violência e profunda desigualdade na distribuição da riqueza, o Estado haitiano tem sido incapaz de assegurar o direito à educação (previsto na Constituição), o que faz com que o setor privado controle, hoje, 80% dos serviços escolares (quase sempre ministrados em francês), aos quais têm acesso apenas uma pequena parcela da elite ou da classe média urbana. A ausência de um sistema educativo público acessível às camadas populares do campo e da cidade (cuja língua materna é o créole, reconhecido como língua de educação escolar desde 1980) anula os esforços empreendidos ao longo do último século em dez sucessivas campanhas de alfabetização de jovens e adultos.

     RELAÇÕES ENTRE O ESTADO E A SOCIEDADE CIVIL NA PROMOÇÃO DA EPJA 

     Devido à condição socioeconômica da maioria dos destinatários, a EPJA não configura um mercado atraente para o setor privado com fins lucrativos, cuja participação na matrícula é reduzida e bastante concentrada no ensino médio e técnico-profissional. O peso da provisão do serviço educativo recai, portanto, sobre o poder público e as instituições sem fins de lucro. 


                          O NÓ CRÍTICO DA FORMAÇÃO DE EDUCADORES

      O estudo regional desvela que uma das grandes debilidades da EPJA na América Latina e no Caribe é a escassez de sistemas de formação inicial e de aperfeiçoamento de educadores. Apenas em Cuba e no Uruguai os educadores de adultos são necessariamente profissionais. O recurso a educadores 16 improvisados, por sua vez, faz com que a atividade tenha escasso reconhecimento social, legitimando precárias condições de trabalho e remuneração.
      A posição marginal da EPJA nas políticas e sistemas educacionais dificulta ainda mais a conformação de um campo de trabalho profissional específico, Cuba é uma rara exceção, graças à extensa rede de educação superior pedagógica descentralizada. A maior parte dos informes nacionais declara que, simplesmente, não há processos sistemáticos de formação desses educadores. 
     Nas redes públicas de ensino, são os mesmos docentes que trabalham com crianças, adolescentes, jovens e adultos, muitas vezes reproduzindo metodologias, currículos e materiais de ensino inadequados. Na falta de educadores formados para atuar na modalidade, impõe-se a formação em serviço.

                                        SILÊNCIOS ELOQÜENTES 

    A pesquisa regional também revela que as políticas de EPJA não incorporaram uma cultura de avaliação: os estudos avaliativos são raros, de modo que o impacto dos programas e projetos pode apenas ser inferido a partir de indicadores tais como a matrícula. 
   O conhecimento sobre a EPJA na região é limitado, também, pela reduzida presença do tema nas universidades e a escassez de pesquisas sobre suas múltiplas dimensões. 

                                DE UMA EPJA MAIS RELEVANTE 

     Os intentos mais significativos de articulação inter-setorial de políticas de EPJA são de dois tipos. Um primeiro tipo enfatiza a promoção social e compreende os programas destinados a populações em situação de pobreza e risco social em que a adesão a programas de alfabetização, elevação de escolaridade ou capacitação para o trabalho são contrapartidas de transferências de renda mínima, de que são exemplos a Missión Vuelvan Caras da Venezuela, o Plan Jefes y Jefas de Hogar Desocupados na Argentina e o Plan de Superación Integral para Jóvenes que no Trabajan ni Estudian de Cuba. 
   Um segundo tipo reúne os programas que, visando satisfazer as múltiplas necessidades de aprendizagem dos jovens e adultos, favorecem o acesso a um currículo enriquecido e flexível, articulando em um marco socioeducativo integral a formação geral, a capacitação para o trabalho a outros conteúdos, valores e habilidades relevantes (saúde, relações de gênero, interculturalidade, acesso às novas tecnologias, etc.), tais como o Modelo de Educación para la Vida y el Trabajo (MEVyT), desenvolvido no México, e o programa chileno Chilecalifica.

Artigo: MARCO INSTITUCIONAL DE INSTITUTO NACIONAL PARA LA EDUCACIÓN DE LOS ADULTOS (INEA) 

Autor: Mileth Romero Rodriguez Criada em agosto de 1981 durante o governo do presidente José Lópes Portillo, cujo objetivo era proporcionar gratuitamente um serviço de formação educacional de qualidade. Em 2015 o objetivo era de atender 7,5 milhões de mexicanos, com 60 mil voluntários capacitados, sendo 1,5 milhões atendidos em Janeiro de 2015. 
  • Missão: “Somos uma instituição pública que promove e desenvolve serviços de alfabetização, educação primária e secundaria para que jovens e adultos incrementem suas capacidades, elevem sua qualidade de vida e contribuam para a construção de um país melhor.” (INEA, 2014) 
  • Visão: “Que a sociedade, a nível nacional, tenha como parâmetro educativo mínimo, a educação básica, gerando confiança e credibilidade na educação para adultos.” (INEA, 2014) 
  • Objetivos: 
  1.  Oferecer serviços educativos para o desenvolvimento de pessoas a partir de uma perspectiva de formação permanece para a vida e trabalho, 
  2.  Alfabetização de adultos para a conclusão da formação primária e secundaria, o Pesquisar sobre educação para adultos, 
  3. Oferecer material didático o Formar voluntários, 
  4. Certificar o Apoiar empresas e instituições parceiras, Em cada estado mexicano, há um instituto ou delegacia do INEA para a alfabetização, formação primária, secundária, formação para o trabalho e educação permanente. 
  5. Oferece serviços educativos, material didático (impresso ou eletrônico), assessoria educativa, serviços de documentação e certificação, e uso dos espaços comunitários.

domingo, 5 de junho de 2016


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8 de Março- Dia Internacional da Mulher - Técnologia

PDP

Gestão Escolar e Formação de Gestores  . PDF

https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=forums&srcid=MTcwNDczODEyOTM2MDc5NTQ2MzYBMDQzODU3OTc2MDEzNjA2MjYxMzUBdmxhbTJ4SVZBd0FKATAuMQEBdjI

 Links de Filmes interessantes PDF

https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=forums&srcid=MTcwNDczODEyOTM2MDc5NTQ2MzYBMTQ0Njc4OTg3NTcwOTQ4NDUzNzMBeDlNN2YyNW5BZ0FKATAuMQEBdjI

sábado, 28 de maio de 2016

Projeto Avental - Contação de História

Tema: Projeto Avental: Contação de história do livro “Chapeuzinho amarelo”.

Público alvo:

Educação infantil 5 anos (2º ano).

Objetivo:

Levar aluno, através da contação da história do livro “Chapeuzinho amarelo”, a lidar com as situações simples do cotidiano, e identificar seus medos interiorizados. Possibilitando o aluno, a desenvolver seu imaginário de modo satisfatório e estruturado. Através da história, a criança perceberá que seus medos interiorizados podem ser vencidos, tendo o exemplo da personagem Chapeuzinho amarelo, que aprendeu a lidar com os medos imaginários. Temos a contação da história, uma importante ferramenta no trabalho pedagógico.

Recursos materiais:

Avental

Livro, Sulfite, Cartolina, Lápis de cor. e Canetinha

1- Etapa.

Será realizada uma roda de conversa para explicar aos alunos, como será contada a história. Mostrando o avental, o livro e as figuras dos personagens.

2- Etapa.

Será contada a história com avental, mostrando as imagens ilustrativas do livro, e distribuindo as figuras dos personagens para cada aluno. As figuras serão coladas pelos alunos, no decorrer da história. Isso ocorrerá, no momento que aparecer o personagem na contação da história, o aluno levantará e colocara o personagem no avental.

  
3- Etapa.

Após o termino da história, será entregue uma folha de sulfite para cada aluno, onde será pedido para que o mesmo desenhe o momento mais marcante da história, que ligue de alguma forma o seu medo imaginário.

Avaliação.


A forma de avaliação se obterá, através da atividade realizada pelos alunos, onde serão guardadas para registro. 


Agradecemos as nossas colegas:
 ANDRESSA ALVES AVELAR –
 GISELE MEDEIROS 
 •SUELI APARECIDA DE FREITAS CHURCHILL – 
 VIVIANE DUO SILVA – 
Por permitirem a publicação deste trabalhos. Muito Obrigada!

PROGRAMA PARA EDUCAÇÃO INFANTIL-PROINFÂNCIA E PROINFANTIL